Ora bem...
KTM TPI
Já andei em duas 300 e uma delas têm andado muitas vezes no grupo, as opiniões são unânimes e imparciais.
Gostamos sobretudo de motas, e além de não haver palas nos olhos temos dois dedos de testa.
Apresentação feita
Antes de mais é importante referir que o facto de não terem injeção directa como chegou a ser falado (não tenho a certeza se foi anunciado) foi uma profunda desilusão e perdeu para a mim toda a vontade que eventualmente teria de trocar de mota por outra KTM.
O facto da mota ter saído e nenhum piloto oficial ter andado com uma em prova alguma ao contrário do que seria natural e naturalmente que aconteceu em 2017 (foi e é no mínimo caricata esta situação) e sobretudo porque pela primeira vez uma evolução saiu numa mota de enduro e não de motocross leva-me q crer que a versão TPI apenas foi implementada para cumprir as normas EURO.
Curioso que a Beta faz o mesmo com o seu sistema de Autolube...

Podem não estar a par mas se investigarem um pouco podem ver os reais ganhos deste sistema em potência consumos e em poluição que a injeção directa permite, vejam o caso dos barcos em que os motores a 2T ficaram realmente superiores aos 4T.
Consumos, na ordem de 1l a menos com o mapa "seco, não gastam de todo os a 30 a 40% a menos mencionados (e que podem ser vistos em vídeo) pelo Pitt qualquer coisa da KTM oficial....
Sei que andam 2 ou 3 actualizações de software na ktm vulgo mapas para as 250 e 300 porque as motas não estão muito bem (dizem que a 250 têm menos altas do que a 300), fervem rápidamente, estão notóriamente secas (barulhos de pré detonação)e vêm com afinações distintas (de válvula de escape já vi 3 afinações completamente diferentes).
Um dos mapas já pude observar um teste de potência no ktmtalk, de uma 300 com a mistura mais rica, perde 7 cavalos de potência para o modelo de 2017 que por sua vez perde para o modelos anteriores com o carburador Keihin sem ser em potência máxima, 3, 4 cavalos na faixa de potência útil e mais 3 na potência máxima (10000rpm ou próximo).
Sendo a electrónica automóvel (alteração/reprogramação/reconfiguração) a minha área profissional a verdade é que ainda não perdi tempo para ver o que pode ser feito, apenas sei que têm uma unidade de controle usada nas Ducati Monster de 2008 e mais recentemente nas Beta a 4T..o modelo usado é uma arcaica Siemens M3C.
Nas Ducati é possível aceder á mesma e tenho equipamento para tal, por isso presumo não vá ser muito dificil entrar neste sistema.
Em relação á mota, tal como a 2017 é bastante mais user friendly, a potência surge linear/controlada.
Nota-se principalmente em baixas a precisão do sistema TPI mas nota-se alguma electrónica pelo meio pois o respirar não é tão "saudável" como o que estavamos habituados mas é agradável.
Anda-se muito bem na mota mas não é muito diferente de uma mota com carburador e muito menos uma revolução.
De resto e ainda no departamento do motor pouco mudou ou há reais beneficios com isso, o que muda já foi aqui mencionado e por sua vez exagerado.
Quanto á ciclistica e tendo eu uma KTM XC (com biela) e despida de paneleirisses como todas deviam ser continuo a preferir largamente as minhas suspensões (cartucho fechado) e o sistema com bielas.
As Xplor de 2018 (as de 17 pior ainda) como vêm de fábrica são para uso exageradamente recreativo, ready to race talvez para alguém com 55 kg´s.
Continuo sem entender como a ktm continua a disponibilizar suspensões tão fracas para os seus modelos de enduro.
É o dá ter o monopólio (até porque esta situação não é recente), é a marca mais cara de toda a concorrência e a que piores suspensões têm!
Até a GAS GAS anda montar as Kayaba SSS!!!! O mundo está perdido!
Estas exc só o peso que albergam na frente (fiarada, computador de bordo e afins) transmitem muita “gravidade” á frente da mota e na direcção em si,é realmente estranha a sensação pelo menos para mim já que estou habituado a outro tipo de mota.
O depósito de autolube das duas motas que andam connosco estão com fuga, e se bem que a fuga não é grande não é de todo agradável/aceitável isto acontecer.
È esperar para ver a fiabilidade do sistema e ver as evoluções que podem surgir com o passar do tempo.
Escusado será dizer que não fiquei fascinado com as TPI, muito menos com a quebra de qualidade que as motas especialmente desde 2016 tem vindo a apresentar.
Achei no entanto nteressante o modelo de 2017 que sem falar dos casos em que era impossível afinar uma mota (carburação)e a marca em vez de o resolver cobravam um kit para o efeito

do problema em dar ao kicks ( há um parafuso que vem com o tamanho errado e em casos catastróficos o cárter acaba por partir ao dar ao pedal), o problema das lamelas e da caixa que as alberga em algumas motas que também não é reconhecido pela marca.......está bem conseguida.
O veio de equilíbrio nota-se bem ao ralentim e em velocidades de “extreme” a válvula de escape começar a abrir 500 rotações mais cedo que as motas mais antigas o que transmite uma boa colocação/facilidade de potência ao solo e as suas linhas que são muito bonitas!
A nível de quadro achei muito pouco diferente, talvez com uma encaixe ligeiramente na mota, mais fina mas pouco perceptível.
E pronto, aqui está a minha opinião, fundamentada e imparcial ou não goste acima de tudo de motas.